quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Trabalho temporário vela a pena?

Trabalho temporário vela a pena?

Publicada em 15/09/2010 às 13h46m
Artigo do leitor Renato Grinberg*
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Setembro é o período em que a caça por trabalhadores temporários para o Natal se intensifica, principalmente nos setores de serviços e comércio. Entre os grandes candidatos a essas vagas estão, na maioria das vezes, jovens em busca do primeiro emprego e pessoas fora do mercado de trabalho há algum tempo. Apesar das milhares de vagas disponíveis, muitos ainda têm dúvida se realmente vale a pena ingressar neste tipo de trabalho, válido por apenas três meses.
Uma pessoa que está parada, em busca de emprego, só tem a ganhar com essa oportunidade. Entre as vantagens, está a possibilidade de efetivação e conquista de um emprego formal
Uma pessoa que está parada, em busca de emprego, só tem a ganhar com essa oportunidade. Entre as vantagens, está a possibilidade de efetivação e conquista de um emprego formal. Para se ter uma ideia deste cenário, de acordo com o levantamento da Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e Trabalho Temporário (Asserttem), o Natal deste ano promete contratar 139 mil temporários em todo o país, 11% a mais do que o mesmo período em 2009. Desse total, cerca de 30% deverão ser preenchidas por jovens em situação de primeiro emprego.
Por conta dos acontecimentos ligados à economia brasileira, em alta, os setores de serviços e de comércio também vivenciam um momento favorável de expansão. Deste modo, as projeções até o final do ano para as contratações são positivas. Segundo a entidade, a previsão de efetivação após o período pré-determinado é de 28%. Isso quer dizer que quem se destacar no trabalho dia a dia tem ótimas chances de fazer parte deste índice.
A outra vantagem de se tornar um trabalhador temporário, mesmo não sendo efetivado ou não havendo essa pretensão por parte do profissional, é que ele adquire uma ótima experiência profissional e aprendizados para toda a sua vida. Como se sabe, as festividades do final do ano significam trabalho dobrado para os lojistas e prestadores de serviço. Por isso, esforço e dedicação são pré-requisitos para quem não quer fazer feio. Apenas o fato de ter atuado como temporário já demonstra garra, superação e determinação em entrevistas para futuras oportunidades.
Além disso, este profissional aprende a lidar com situações que precisará enfrentar no mercado de trabalho. Quem atua na área de vendas, por exemplo, precisa desenvolver a capacidade de estabelecer bons relacionamentos em um curto prazo de tempo, de persuadir e ter a flexibilidade. Ele também precisará lidar com hierarquia, uma dificuldade encontrada em grande parte dos novos profissionais dentro das corporações.
Outra barreira cultural enfrentada por quem avalia a possibilidade de ingressar neste mercado é a aquisição dos direitos. Quem pensa que estão em grande desvantagem dos efetivos que atuam na mesma firma, está enganado. Há deveres das empresas contratantes que os temporários têm direito. É preciso vencer o preconceito e encarar como uma grande oportunidade de crescimento pessoal e profissional.
* Renato Grinberg é coach de carreira

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