Por: Camila F. de Mendonça
02/03/11 - 13h57InfoMoney
Ele explica que tratar profissionais gabaritados, com vasta experiência na área em que atuam, como se fossem colaboradores despreparados, não é parte do perfil que está sendo mais difundido no mercado, o do líder. “O líder influencia, delega e cobra resultados. E os colaboradores fazem porque se sentem engajados no processo”, explica.
Por que esse comportamento?
Outro ponto que pode estar por trás de tanto didatismo é a centralização dos resultados. Para Machado, muitas vezes, o líder é tão centralizador e detalhista que excede nas explicações por medo de o profissional cometer erros ou por não confiar no trabalho desse colaborador. “Esse comportamento da liderança ou é por falta de preparo ou por falta de conhecimento do trabalho”, reforça o headhunter.
Consequências
“As empresas bem sucedidas sabem que, para haver uma interação saúdavel entre os colaboradores e a liderança, é preciso ter uma relação de confiança”, afirma Karla.
Se essa relação não existe, a identificação de talentos fica prejudicada quando a liderança acaba por infantilizar ou mesmo subestimar o trabalho dos colaboradores. E o resultado desse comportamento não é dos melhores. “Esse excesso de didatismo gera uma falta de motivação no profissional, compromete os resultados e aumenta o estresse”, explica a consultora.
Uma conversa franca
Se você tem um líder que subestima a sua capacidade, há modos de inverter a situação antes de procurar novas oportunidades no mercado. Os especialistas concordam que o primeiro passo é uma conversa franca. “Fale com seu líder e mostre suas potencialidades”, afirma Karla.
Para aqueles que têm dificuldades de travar essa conversa, dê segurança ao seu líder e mostre, com resultados, que ele pode confiar em seu trabalho. “Mostre resultados, cumpra prazos e puxe as responsabilidades para você”, aponta Machado. E se mesmo assim, o gestor continuar mostrando passo a passo o que você tem de fazer. “Será que não é hora de mudar?”, pergunta Karla.
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